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A mostrar mensagens de março, 2024

Factos sobre o PREC - parte 6

Factos sobre o PREC - parte 6 A impossibilidade da revolução socialista "pacífica". Aqueles que nos criticam por defendermos a necessidade da guerra civil e da revolução socialista, tomando o poder pelas armas, praticam várias manobras evasivas para dar a experiência da revolução russa e de todas as revoluções socialistas do século XX como obsoletas na questão de tomar o poder pelas armas (que é a única maneira real de o fazer). A tomada do poder pelas armas para nós é uma questão de princípio retirada da experiência histórica que demonstra que chamar "revolução socialista" a processos de via parlamentar de gradualismos e reformas e entregar o poder a forças reformistas e revisionistas é renegar completamente a revolução socialista como objectivo. Espremidos todos os argumentos dos nossos críticos que tratam a guerra civil e a tomada do poder pelas armas como obsoletos chegamos às teses da "via parlamentar e pacífica para o socialismo" do XX congresso do P

Factos sobre o PREC - parte 5

 Factos sobre o PREC - parte 5 A ilusão da constituição. Qualquer constituição da república em capitalismo serve para defender o capitalismo, independentemente do seu conteúdo, de todas as suas promessas de igualdade entre todas as classes e cidadãos (que são a norma geral) ou até mesmo se prometerem o socialismo e qualquer conquista revolucionária. As eleições para a assembleia constituinte portuguesa de 25 de Abril de 1975 fizeram-se num contexto em que o poder estava nas mãos dos militares da esquerda revolucionária do MFA e quando as massas tomavam os meios de produção e instituições de poder pela força e estando o socialismo ideologicamente mais forte que o capitalismo. Nessa altura, abril de 1975, os partidos burgueses hegemónicos, do regime democrático-burguês de hoje, mentiam descaradamente dizendo defender o socialismo, as nacionalizações, a reforma agrária e a descolonização - assim o PS social-democrata dizia-se até marxista, o PSD liberal também defendia o socialismo e até

Factos sobre o PREC - parte 4

 Factos sobre o PREC - parte 4 4 - A política de alianças. A política de alianças das forças revolucionárias. A insistência do PCP em reunificar o MFA depois do 25 de Novembro de 1975 foi consequência de uma fraqueza estratégica - que é a incapacidade de perceber que a luta pelo derrube do fascismo tinha acabado e que a luta agora era para derrubar a democracia burguesa com uma revolução socialista - e esta por sua vez resultou em uma fraqueza táctica nas lutas do dia-a-dia, assim se compreende a demora para a greve geral de 1982. Na realidade mesmo durante o PREC o PCP e a UDP nunca deveriam ter defendido a unidade entre os revolucionários da esquerda militar (Vasco Gonçalves e outros, próximos do PCP e de outras forças revolucionárias) e os contra-revolucionários do grupo do nove (controlados pelo PS). Vasco Gonçalves estava certo em dizer que entre revolucionários e contra-revolucionários não há terceiras vias. Além de sanear fascistas, deveria-se ter saneado reformistas do Estado,

Muitos choram por Gaza em Portugal e muitos são hipócritas

Muitos choram por Gaza em Portugal e muitos são hipócritas  Enquanto isso em Portugal vivemos uma campanha eleitoral que basicamente se polariza entre o partido fascista Chega e o PS social-democrata. Os defensores da geringonça, entre os quais estão principalmente o PCP e o BE, batem no peito e dizem que o único anti-fascismo possível é um governo do PS. Um governo do PS que apoia Israel, a NATO e os nazis do batalhão Azov na Ucrânia. Mas isso não tem nada a ver não é? Basta o "passe social", os livros escolares gratuitos e outras ninharias comidas pela inflação, pela preacariedade e o desemprego para dizermos que apoiamos o "mal menor" e que a política internacional do Estado português nos é completamente indiferente.

A organização das mulheres trabalhadoras, para além dos “governos feministas” e do movimento feminista

  A organização das mulheres trabalhadoras, para além dos “governos feministas” e do movimento feminista Nuevo Rumbo (Órgão do CC do PCTE) Cristina González O que vou contar não é novidade. Quem mais, quem menos, sabe que de vez em quando tenho escrito sobre esse assunto. Mas a verdade é que a questão da organização das mulheres trabalhadoras, independentemente de assistirmos a mais ou menos medidas de carácter supostamente progressista e tentativas de adoçar os ouvidos e bajular a toda aquela que se possa, está hoje na ordem do dia. A questão das mulheres, e tudo o que ela implica, sempre foi um tema sobre o qual todos puderam lançar as suas especulações como quisessem. Precisamente, muitos e muitas dos que fizeram estas reflexões, de forma premeditada, esqueceram todos os contributos que o marxismo-leninismo deu a esta questão, o que lhe deu a importância que tem e a colocou no centro dos desenvolvimentos políticos. Comecemos por algo que, embora possa ser bastante óbvio, é muitas ve