Avançar para o conteúdo principal

O que são os Sovietes?

Sovietes são formas de organização que não são nem como sindicatos nem como cooperativas. O objectivo de um sindicato normalmente restringe-se a lutar por direitos do dia-a-dia dos trabalhadores e não coloca a questão de tomar o poder. O objectivo de uma cooperativa normalmente é gerir uma empresa e portanto ela está concebida para defender os interesses de um grupo de trabalhadores e não dos trabalhadores do país inteiro. Os sovietes é uma palavra russa que significa conselhos, eles são formas de organização em que os trabalhadores, camponeses pobres e soldados (excluindo portanto chefias militares) constituíram governos locais eleitos nos locais de trabalho pelo voto apenas de essas classes e sectores sociais e a partir dos conselhos locais formaram uma estrutura de governo nacional que tomou o poder na Rússia em outubro de 1917. Os sovietes formaram-se para tomar o poder e para substituir um Estado inexistente para defender uma maioria da população explorada, faminta e massacrada por uma guerra. O seu trabalho era de administração das funções sociais que o Estado deixou de proporcionar ao permitir o descontrolo total da inflação de produtos de primeira necessidade durante a guerra (isto podia ser confiscar armazéns de especulares) e a consequente acção militar para defender esta maioria social através da guarda vermelha. Ao tomar o poder as guardas vermelhas foram lideradas por um comité militar revolucionário que a direcção nacional dos sovietes constituiu para o efeito de tomar o poder e constituir um Estado soviético.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Crítica a Francisco Martins Rodrigues e à sua corrente ideológica - parte 1

Introdução à crítica a FMR e à sua corrente ideológica Nós achamos natural que muitos comunistas honestos - e temos encontrado alguns casos desses ultimamente - julguem positivamente Francisco Martins Rodrigues, numa leitura inicial do seu livro "Anti-Dimitrov", por ignorância e desconhecimento das verdadeiras ideias políticas e ideológicas deste ideólogo que deixou não apenas escritos das suas ideias mas também realmente uma corrente ideológica que ele próprio estruturou em vida e que continua a existir até hoje (em vários grupos políticos que existem em Portugal). E porque acreditamos que a apologia infundada e a ausência de crítica a Francisco Martins Rodrigues (FMR) vem da ignorância das suas ideias achamos melhor começar a nossa crítica anotando citações essenciais do seu pensamento (nos seus artigos essencialmente da revista Política Operária de 1985 em diante) que se pode resumir pelas suas próprias palavras a um "anti-stalinismo de esquerda". Estas citações ...

Why we support the one-state solution for Jews and Palestinian Arabs in Palestine and in the Zionist entity called Israel

Why we support the one-state solution for Jews and Palestinian Arabs in Palestine and in the Zionist entity called Israel We are communists of the Marxist-Leninist Movement Alavanca (Lever). And from this communist point of view we will explain our reasons for defending the one-state solution for Palestine with Jews and Arabs in the context of the national liberation struggle in Palestine that we consider inseparable from the socialist revolution in Palestine and in the world that is our strategic objective. Historical reasons from the past: The fair assessment of the two-state solution for Jews and Palestinian Arabs is that this solution has repeatedly and systematically failed since the creation of the so-called State of Israel in 1948. In 1947 the Soviet Union prepared a plan, which also had the support of the United States and the capitalist countries of Western Europe, to divide Palestine in half between Jews and Palestinian Arabs. In 1948, Zionist Jews created Israel by killing a...

Crítica a Francisco Martins Rodrigues e à sua corrente ideológica - parte 2

Toda a história dos partidos comunistas deve ser deitada ao lixo segundo Francisco Martins Rodrigues (FMR) FMR em "A Internacional Comunista na Europa"(2004): "Pode assim dizer-se, em balanço final, que a acumulação de forças promovida primeiro, na passagem do século, pelos partidos social-democratas, depois pelos partidos comunistas europeus, foi uma acumulação reformista, negativa do ponto de vista da revolução. O proletariado melhorou a sua condição material, elevou a sua capacidade organizativa, mas não avançou um passo no caminho da subversão da ordem do capital. Foi uma evolução geral, regular, inelutável, que não pode ser atribuída a esta ou àquela circunstância, às manobras geoestratégicas defensivas de Staline, ou às propensões reformistas de um Thorez ou um Togliatti. Tudo se passou como se não houvesse alternativa ao fracasso do projecto comunista na Europa." Fonte da citação: Marxist Internet Archive Aquilo em que FMR acertou Podemos reconhecer que Franc...