Comunicado do Alavanca: Faleceu o camarada Carlos Costa mas o Alavanca compromete-se a manter vivas as suas ideias e a sua obra
Comunicado do Alavanca:
Faleceu o camarada Carlos Costa mas o Alavanca compromete-se a manter vivas as suas ideias e a sua obra
O Alavanca envia as suas condolências aos familiares, camaradas e amigos do Carlos Costa. Temos orgulho em sermos camaradas e amigos do Carlos e em termos trabalhado com ele na divulgação e distribuição dos seus livros marxistas-leninistas e em termos aprendido imenso com ele em longas conversas que jamais esqueceremos.
Já muitos falaram com notas biográficas do Carlos Costa como resistente anti-fascista, da sua participação na fuga de Peniche em 1959 e da sua história como dirigente do PCP em que teve várias grandes responsabilidades regionais e centrais (Norte, Algarve, Economia e Poder Local entre outras) mas faltou dizer que a "saída" do Carlos Costa do Comité Central do PCP não foi saída nenhuma mas sim uma infame expulsão cobarde e coberta de mentiras que o próprio Carlos denunciou nesse congresso (2008). Essa infame expulsão foi apenas o começo de várias infâmias que o Comité Central do PCP e os seus principais dirigentes fizeram ao Carlos durante os últimos anos da sua vida no sentido de o calar e de o apagar. Foram censuras que incluíram um pouco de tudo como foi o confisco dos livros editados por ele na Festa do Avante e a caça às bruxas para reprimir todos os dirigentes do PCP que ajudassem o Carlos nomeadamente na distribuição dos seus livros. Aquilo que os dirigentes principais do PCP nunca perdoaram ao Carlos Costa foi acima de tudo a sua defesa de Stalin e o seu trabalho editorial de livros de Stalin, de defesa de Stalin e marxistas-leninistas. O camarada Carlos Costa combateu também publicamente o programa revisionista e social-democrata do PCP da "democracia avançada".
O trabalho da Editorial Spartakus assumido pessoalmente pelo Carlos Costa envolveu membros do Alavanca em particular para a publicação do livro "As mentiras de Khrushchev" de Grover Furr, um trabalho que está por terminar e que o Alavanca se compromete a levar até ao fim. Mas não ficamos por aqui e assumimos como tarefa a continuidade para o futuro de um trabalho editorial de publicação de livros dentro dos objectivos do Carlos Costa, o que inclui livros de Stalin, de defesa de Stalin e outros livros marxistas-leninistas.
O Carlos Costa é um exemplo revolucionário a seguir pelo Alavanca e as suas ideias e os seus livros vão guiar os nossos esforços internos de formação ideológica marxista-leninista.
Tal como está afirmado no nosso programa o Alavanca assume a defesa marxista-leninista de Stalin, algo que foi a grande bandeira do camarada Carlos Costa. Nós juramos continuar todo o trabalho revolucionário do camarada Carlos Costa, com as suas ideias, os seus livros e os seus estudos do marxismo-leninismo.
O Alavanca reafirmou com o seu programa estratégico a defesa de Stalin e pôs fim a todas as dúvidas que existiam sobre essa questão. Devemos admitir que essa clareza não caiu do céu e que foi duramente conquistada pelo nosso debate interno. Mas também devemos afirmar com orgulho que hoje em Portugal o Alavanca é a única organização comunista a defender Stalin sem contorcionismos de qualquer espécie - mais ninguém teve a coragem de o fazer. E aqueles que conheceram o Carlos Costa no nosso grupo mas também fora dele sabem perfeitamente que essa defesa de Stalin foi a bandeira do Carlos e a bandeira do seu trabalho editorial de publicação de livros. É essa bandeira do Carlos, a bandeira de Stalin, inspirada no exemplo heróico da vida do Carlos (a vida até ao fim e não até sair do Comité Central como preferem os nossos inimigos) que o Alavanca tem de erguer bem alto. O Carlos agiu secretamente para criar um novo partido comunista revolucionário e esse é um objectivo que o Alavanca deve assumir (tal como consta no seu programa). Mas para chegar lá temos de seguir o exemplo do Carlos a quem não faltou lucidez (já com mais de 90 anos) para perceber que um partido comunista não se faz com meia dúzia de pessoas e que por isso deu um passo atrás de procurar criar uma associação primeiro. O Carlos com a autoridade histórica que ele tinha não conseguiu de repente criar o partido comunista que ele desejava e naturalmente que para nós a tarefa será ainda mais difícil, mas o Carlos lutou até ao fim da vida por esse objectivo e isso é um exemplo de coragem que estamos obrigados a seguir como Alavanca. Há algo pior que a morte de uma organização, há uma morte moral, em termos de organização todos (absolutamente todos) falhamos aqui no PCP e fora dele mas em termos morais só morremos se desistirmos e é nisso que o Carlos Costa é imortal - o Alavanca será invencível também se seguir esse exemplo do Carlos.
Morreu o camarada Carlos Costa, o histórico dirigente do PCP e a maior inspiração para o programa do Alavanca. O Carlos é o nosso passado e o nosso futuro, o Carlos é o Alavanca, é o legado marxista-leninista e defensor de Stalin que juramos continuar. E qualquer um de nós sabe e tem a obrigação de saber que cada passo do Alavanca foi a seguir o Carlos nomeadamente na defesa de Stalin que está no manifesto contra a geringonça, que está nos objectivos do Alavanca e recentemente no seu programa.
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