Avançar para o conteúdo principal

Faleceu a camarada Laura Serra

O Alavanca associa-se ao pesar pelo falecimento da camarada Laura Serra.

PCP:

O Secretariado do CC informa, com profunda mágoa e tristeza, o falecimento da camarada Laura dos Santos Correia Serra e transmite ao seu companheiro, o camarada Jaime Serra, aos filhos, netos, bisnetos e restante família sentidas condolências.

A camarada Laura Serra, resistente antifascista e militante comunista, nasceu a 14 de Outubro de 1924, em Lisboa, no bairro da Ajuda. Filha de uma família operária, muito jovem iniciou a sua vida de trabalho com a profissão de costureira.

Aderiu ao PCP e passou a funcionária do Partido em 1947, com Jaime Serra, seu companheiro, e com a sua primeira filha, tendo assumido responsabilidades até 1958 em casas clandestinas. Entre 1958 e 1960 teve trabalho de organização como responsável de células de empresa no sector têxtil, no Norte do País.

A seguir ao 25 de Abril assumiu tarefas no âmbito dos serviços de extinção da PIDE. Desempenhou, posteriormente, tarefas na Organização Regional de Setúbal, da Beira Litoral e tarefas centrais, nomeadamente no Gabinete Central de Organização.

O percurso de Laura Serra é o de alguém que abraçou a causa da luta do PCP nas circunstâncias mais rigorosas, com a dedicação mais profunda, com opções muito difíceis. Foi um percurso de alguém que trilhou o caminho exigente da luta nas condições da brutalidade fascista.

Laura Serra viveu uma vida intensa. A dureza da vida clandestina, o nascimento de três filhos na clandestinidade, a prisão em casa pela PIDE com duas filhas, que um esbirro da polícia levaria, depois, perante o pai preso como forma de chantagem, a vida em comum sempre no sobressalto da repressão eminente, o dilema da procura da protecção das crianças e do Partido e a dor da separação dos filhos e as prisões do companheiro. Viveu uma vida de dedicação e carinho. Viveu a alegria do reencontro da família.

Laura Serra deixa-nos um testemunho que é exemplo para as novas gerações de comunistas. A luta consequente contra a exploração, contra o fascismo, pela liberdade, democracia, por Abril, pelo socialismo, com convicção, alegria, entusiasmo e dedicação está intimamente ligada ao ideal e ao projecto revolucionário que abraçou.

 👉 www.pcp.pt/ 
#pcp

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Crítica a Francisco Martins Rodrigues e à sua corrente ideológica - parte 1

Introdução à crítica a FMR e à sua corrente ideológica Nós achamos natural que muitos comunistas honestos - e temos encontrado alguns casos desses ultimamente - julguem positivamente Francisco Martins Rodrigues, numa leitura inicial do seu livro "Anti-Dimitrov", por ignorância e desconhecimento das verdadeiras ideias políticas e ideológicas deste ideólogo que deixou não apenas escritos das suas ideias mas também realmente uma corrente ideológica que ele próprio estruturou em vida e que continua a existir até hoje (em vários grupos políticos que existem em Portugal). E porque acreditamos que a apologia infundada e a ausência de crítica a Francisco Martins Rodrigues (FMR) vem da ignorância das suas ideias achamos melhor começar a nossa crítica anotando citações essenciais do seu pensamento (nos seus artigos essencialmente da revista Política Operária de 1985 em diante) que se pode resumir pelas suas próprias palavras a um "anti-stalinismo de esquerda". Estas citações ...

Declaração do Alavanca face às eleições europeias de 2024 na Espanha, Grécia e Suécia

Declaração do Alavanca face às eleições europeias de 2024 na Espanha, Grécia e Suécia O Alavanca-Movimento Marxista-leninista apoia o voto nos partidos comunistas verdadeiros onde eles participam nas eleições europeias que são os casos do Partido Comunista dos Trabalhadores de Espanha (PCTE), o Partido Comunista da Grécia (KKE, na sigla grega) e Partido Comunista da Suécia (SKP na sigla sueca). O Alavanca saúda a Acção Comunista Europeia a que estes partidos comunistas pertencem.

Factos sobre o PREC - parte 1

 Dedicatória. Aos camaradas Carlos Costa, Abílio Martins, João Tomás, João Salazar e José Manuel Almeida. Pelo que aprendemos com vocês, pela crítica e auto-crítica revolucionárias e por lutarem sempre pelo socialismo. 1 - Que classes representavam os partidos. As forças que se consolidaram depois do golpe militar de 25 de Abril de 1974 e mais ainda depois da derrota de Spínola (11 de Março de 1975) eram no essencial as forças dos trabalhadores e as forças da burguesia, com um papel destacado para as forças da pequeno-burguesia que vacilaram decisivamente em favor da burguesia. O mesmo é dizer que as forças dos trabalhadores procuravam chegar ao socialismo e as forças da burguesia procuravam manter o capitalismo, uma vez que substituir o fascismo por uma democracia burguesa é manter o capitalismo. O auge da luta de classes que caracterizou o Processo Revolucionário em Curso (PREC) significou que naquela época (entre 1974 e 1975) a correlação de forças entre revolução e contra-revol...