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Portugal, é também para os jovens!


Se a nova geração de jovens é das mais qualificadas de sempre, porque será que não conseguem ter uma vida profissional e familiar digna?


A generalização da precariedade, na maior parte dos casos ilegal, o aumento dramático do desemprego jovem e feminino, os baixos salários, o agravamento das desiguladades, das discriminações e das condições de trabalho, no ataque aos direitos laborais e à proteção social.


Uma das grandes causas da estagnação da evolução profissional das mulheres jovens é o desemprego e em particular do desemprego das mulheres com qualificações académicas.


Segundo, dados do INE 1 em cada 4 jovens (25,6%) da população ativa até aos 24 anos estão inscritos no desemprego. Mais de 250 mil jovens estão no desemprego, 15%  não estão a trabalhar nem a estudar. As jovens mulheres, representam mais de 30% dos jovens desempregados, até aos 24 anos. O desemprego jovem em Portugal representa um dos mais elevados em toda a União Europeia.


Este cenário, agravado com a pandemia, é um regresso a um passado de violenta austeridade.


Quando não se encontram em situação de desemprego, os jovens trabalhadores, vêem-se sujeitos a vínculos maioritariamente precários, a categorias profissionais abaixo das suas qualificações e competências, a salários de miséria, muitos deles abaixo do salário mínimo nacional, a discriminações e humilhações diversas.


Há muito tempo que o salário minimo não está atualizado, não chega para fazer face às necessidades do dia-a-dia, o custo de vida a aumentar, mas os vencimentos não acompanham. Esta situação agrava-se com a desregulação dos horários de trabalho, a falta de transportes, o recrudescimento dos recibos verdes, a ausência de descontos para a segurança social, que associada à especulação das rendas na habitação, faz a vida da juventude num inferno.


Os jovens trabalhadores, ou não, emancipam-se mais tarde, porque não têm a possibilidade de sair de casa dos pais, para organizar as suas vidas e constituir família.


Os sucessivos governos do PS, PSD e CDS, ao longo de décadas, lembram-se dos jovens com a proximidade dos actos eleitorais.


Para os jovens não resta outra opção senão lutar pela igualdade efetiva, por salários dignos compatíveis com a sua formação, pela regulação dos horários de trabalho, pela valorização do trabalho, pelo fim da precariedade, pelo direito à habitação, contra o facilistismo nos despedimentos


A precariedade e o desemprego não são para aceitar. São para combater, lado a lado, para garantir o trabalho com direitos.


A viabilização do PCP ao Orçamento de Estado para 2021 contradiz um panorama de bonança. O PCP ao viabilizar este Orçamento, onde mais uma vez se inscrevem; a precariedade, os recibos verdes, a caducidade, a congelação da contratação colectiva, o actual estado de propinas, a insuficiência do salário mínimo nacional, a impunidade na ilegalidade, a  ausência de medidas na actuação da ACT, representa a continuidade do agravamento das condições de vida e de trabalho dos jovens em Portugal.


Cabe aos jovens lutar pelos seus ideais, onde quer que estejam; nos seus locais de trabalho, nos sindicatos, nas associações cívicas, nas universidades, mobilizar para os protestos de rua que conduzam à mobilização da juventude trabalhadora, estudantil e desempregada a tomar em mãos a luta pelo seu próprio destino.


Os jovens têm o direito a ter uma vida digna e com direitos neste País.


O Alavanca, Movimento Marxista-Leninista, interpretando estes sentimentos de indignação e revolta e defensor intransigente pelos ideais da igualdade e da solidariedade entre os povos, dos marginalizados e ofendidos, estará sempre na linha da frente na luta pela defesa de uma sociedade sem exploradores e explorados, por uma terra sem amos.


O Alavanca é o futuro. A Juventude é o comunismo como futuro da humanidade.

Com o Alavanca, Unir, Organizar e Lutar


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